segunda-feira, 16 de abril de 2012

Conheça “Cheias de Charme”, a nova novela das sete

Estreia hoje na Globo a nova novela das sete, “Cheias de Charme”. E você vai conhecer a história de Maria da Penha (Taís Araújo), Maria do Rosário (Leandra Leal) e Maria Aparecida (Isabelle Drummond), empregadas domésticas que se conhecem após uma noite de muita confusão. Do caos nasce uma grande cumplicidade, mostrando que na vida, assim como na música, a harmonia é fundamental.

E como num conto de fadas, elas se transformam num bem sucedido trio de cantoras. A pedra no sapato dessas heroínas é Chayene (Cláudia Abreu), a rainha do eletroforró. A cantora amarga uma má fase na carreira e tentará se reerguer às custas do cantor Fabian (Ricardo Tozzi), sucesso do ritmo sertanejo universitário.

 

PERSONAGENS

Penha

Foto: Renato Rocha Miranda/TV Globo

Maria da Penha (Taís Araújo) mora no Borralho, bairro fictício próximo a Jacarepaguá, zona oeste do rio de Janeiro, com seu marido Sandro (Marcos Palmeira), o filho Patrick (MC Nicollas) e os irmãos Alana (Sylvia Nazareth) e Elano (Humberto Carrão), que ela criou quando seus pais desapareceram. O casal, que já foi apaixonado, hoje amarga uma grande desilusão. Sandro era pedreiro até sofrer um pequeno acidente, o que virou desculpa para não fazer mais nada. E, a partir de então, passou a ocupar apenas dois lugares na vida: o sofá, no qual passa o dia inteiro assistindo televisão; e o campo de futebol, já que a pelada e o Vasco são, na verdade, as suas grandes paixões.

Penha é cozinheira de forno e fogão, honesta e caprichosa. Independente, construiu a casa onde mora e nunca deixou faltar nada para o filho e os irmãos, e ainda ajudou Elano (Humberto Carrão) a se formar em Direito. Um de seus sonhos era a construção de um “puxadinho”, que seria alugado para auxiliar nas despesas. Juntou dinheiro, concluiu a obra, mas a alegria durou pouco. Um fiscal da prefeitura bateu à porta dizendo que iria demolir a construção. Foi um susto para a dona da casa, que havia entregado o dinheiro a Sandro para a regulamentação, mas o malandro preferiu gastar a grana com um churrasco para os pedreiros. Se o casamento já não ia bem, ficou ainda pior.

No trabalho, ela também não tem paz. Penha trabalha no condomínio de luxo Casagrande, na casa de ninguém menos que Chayene (Cláudia Abreu), a rainha do forró. A cantora sempre foi ríspida com os empregados, mas passou do ponto, insultando Penha. A doméstica, que nunca havia passado por isso com patroa alguma, decidiu que não deixaria aquela história em branco. Na mesma hora, pegou sua bolsa e foi dar queixa na delegacia.

Por acaso, ou por razões que só o destino conhece, foi na polícia que Penha conheceu Cida (Isabelle Drummond), também doméstica no condomínio Casagrande; e Rosário (Leandra Leal), moradora do Borralho. A empatia foi imediata. Era o começo de uma grande amizade.

No dia seguinte, Penha ligou para o programa de rádio do ‘Bom Dia D. Maria’ e contou, ao vivo, o que sua patroa havia aprontado. Foi um bafafá, que virou notícia em todos os jornais. O assunto também foi parar na justiça. De um lado Chayene, muito bem protegida pela Dra. Lygia (Malu Galli), advogada de um dos melhores escritórios de advocacia da cidade. De outro, Elano (Humberto Carrão), advogado recém-formado e irmão de Penha. A defesa tentava um acordo. A acusação brigava pela indenização. Estava claro que não chegariam a uma conclusão.

Dra. Lygia ficou impressionada com a sinceridade de Penha durante o julgamento. A doméstica contou todos os desaforos que escutou durante os anos que trabalhou para a cantora. Os problemas pesavam os ombros de Penha: um marido que não ajuda em nada; os meninos que só sabem fazer despesa e uma dívida no cartão de crédito que cresce como bola de neve. No pensamento, uma ideia fixa: arrumar outro emprego.

 

Casa de ferreiro, espeto de pau...

No dia seguinte, para a surpresa de Penha, Dra. Lygia ligou e pediu que ela fosse a sua casa. Engana-se quem pensa que as duas são diferentes. O lado A e o lado B desse quadro social têm mais coisas em comum do que se imagina.

Na casa de Penha, Patrick (MC Nicollas) vive reclamando que a mãe não tem tempo para ele. Os filhos de Lygia têm a mesma queixa. São mulheres de mundos diferentes, mas com a mesma prioridade: o trabalho. Alejandro (Pablo Bellini), o espanhol marido da advogada, não é tão encostado quanto Sandro (Marcos Palmeira), mas dinheiro só sai da bolsa da advogada. A diferença é que, além de ser dedicado ao casamento, Alejandro é um bom pai para Manuela (Beatriz Petrenchunk) e um bom padrasto para Samuel (Miguel Roncato). O mesmo não se pode dizer de Sandro, um mau exemplo para os meninos.

Nos últimos anos, mais de 50 empregadas passaram pela casa de Lygia, que para ganhar uma promoção no trabalho, precisava de alguém para cuidar de sua casa, filhos e marido. Por ter simpatizado com Penha, Lygia abandonou o caso de Chayene e ofereceu o emprego a ela. Tocada com os problemas de Lygia, Penha aceitou na hora. É claro que Chayene fez o maior escândalo quando descobriu.

 

A Patroa perfeita

O novo serviço parecia um sonho. A casa não era grande e as crianças adoravam a comida de Penha.

Empregada e patroa estavam mais ligadas a cada dia. Penha sabe muito bem o que é trabalhar o dia inteiro e voltar cansada de noite, querendo encontrar as coisas em ordem. Em contrapartida, Lygia foi solidária aos problemas de Penha: conseguiu renegociar a dívida do cartão de crédito e, com seus contatos na prefeitura, legalizou o puxadinho. Tudo corria muito bem e a promoção finalmente chegou, mas a advogada deveria ficar parte da semana em São Paulo. E ela só poderia aceitar se a empregada passasse a dormir no serviço. Mas esta era uma questão delicada para Penha. Afinal, como ficaria sua casa, sua família, sua vida?

Considerando que Lygia era uma patroa maravilhosa, Penha aceitou o pedido. Ela também acreditava que, talvez assim, sua família lhe desse mais valor. Não demorou muito para Penha descobrir o motivo de nenhuma doméstica parar na casa de Lygia.

Então, precisando desabafar, Penha recorreu ao colo das amigas Rosário (Leandra Leal) e Cida (Isabelle Drummond). O encontro foi na mansão da patroa de Rosário, Chayene, que estava viajando. A três começaram a conversar e, só para se divertir, toparam embarcar na ideia maluca de Rosário: gravar um clipe.

Rosário

Maria do Rosário (Leandra Leal) passou parte da infância num orfanato. Aos 10 anos, o garçom Sidney Monteiro (Daniel Dantas) a adotou e deu a ela todo amor, educação e apoio que só um pai poderia oferecer. Moradora do Borralho, bairro fictício de Jacarepaguá, Rosário trabalha no bufê do seu Malaquias (Claudio Tovar). Cozinheira de mão cheia, é especialista em pratos saudáveis e sofisticados. Artistas e pessoas da high society carioca já provaram de seu tempero. Mas os sonhos de Rosário vão além das panelas e receitas.

Tudo o que ela mais quer é trocar o avental pelo microfone, estourar suas músicas nas rádios e ser uma cantora de verdade, como Chayene (Cláudia Abreu). E se as canções que compõe renderem um dueto com Fabian (Ricardo Tozzi), o maior artista do sertanejo universitário, melhor ainda. Rosário é “fabianática”. Com direito a santuário de imagens do artista, uma coleção de CD’s e um repertório criativo de loucuras das quais é capaz de cometer, só para ficar frente a frente com o ídolo.

Enquanto a vida não lhe dá uma mãozinha, Rosário procura seus próprios meios para alcançar o que deseja. Foi com esse pretexto que batalhou para o bufê do seu Malaquias servir o camarim do show de Fabian. O cardápio não poderia ser um mistério para ela. Como boa fã, sabe de cor as preferências gastronômicas do cantor: frutas, salada, chá, espumante, toalhas brancas de linho. E ela, é claro, servindo.

Tudo isso, para na hora “H”, entregar seu CD para o cantor, gravado no estúdio do produtor musical Kleiton (Fabio Nepo), lá no Borralho mesmo. Rosário tinha esperanças de que assim que Fabian ouvisse o material, sensível como é, iria perceber imediatamente o talento dela. A jovem também contava com a sorte de, quem sabe, Fabian perceber que os dois nasceram um para o outro.

É claro que alegria de “fabianática” dura pouco. Dinha (Juliana Alves), a colega de trabalho invejosa, não perdeu a oportunidade de acabar com a festa da outra. E correu para contar ao chefe que Rosário era tiete do artista. Naturalmente ressabiado, ele escalou outra para o trabalho - Dinha, claro. Mas a estrelinha de Sidney (Daniel Dantas) não deixaria aquilo barato, afinal, tanto esforço tinha que valer alguma coisa.

Sem que ninguém percebesse, Rosário se escondeu no furgão do bufê, driblou os seguranças e entrou no backstage do show. Enganou todo mundo e conseguiu chegar ao seu ídolo. Quando ia entregar o disco, os seguranças chegaram e a puseram para fora. Rosário reagiu e acabou na delegacia.

Parecia o fim de um sonho, mas era o começo de muita sorte. Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond), empregadas domésticas do condomínio fictício Casagrande, na Barra da Tijuca, também estavam aguardando o delegado. Penha havia ido prestar queixa contra Chayene (Cláudia Abreu), a madrinha musical de Fabian. Abismada com o destino, Rosário pensava: “Deus me tirou o Fabian hoje, mas me deu o caminho para chegar a ele!”, e, sabendo que a rainha do eletroforró não tinha mais empregada, se candidatou à vaga.

 

Azar na patroa... sorte no amor

Antes de ir para a entrevista com Chayene, Rosário foi ao bufê do seu Malaquias cumprir seu último dia de trabalho. Ela estava decidida! A partir daquele momento, iria correr atrás do que realmente queria: um futuro nos palcos, e não atrás do fogão. Enquanto arrumava suas coisas, a campainha tocou. Ela abriu a porta e quase caiu dura no chão. Era Fabian (Ricardo Tozzi). Seria possível, seu ídolo bem na sua frente?

Mal entendido desfeito. Era Inácio (Ricardo Tozzi). O rapaz explicou que todo mundo o confundia com o cantor, e deixou claro que não gostava dessa comparação. Estava ali por conta de uma vaga para ser motorista do bufê. Reparando bem, os olhos eram diferentes, a cor dos cabelos, as roupas, o jeito. Mas tirando tudo isso, eles eram idênticos! Rosário gostou do rapaz. Ele também ficou encantado por ela. Trocaram telefone e deixando no ar a expectativa de voltarem a se encontrar.

O teste para ser cozinheira de Chayene foi um sucesso. A cantora amou a comida de Rosário e deu a ela o emprego. As impressões da cozinheira não foram tão boas: achou Laércio (Luiz Henrique Nogueira), ex-marido da cantora e secretário para todo tipo de assuntos, esnobe. E quanto à nova patroa, bem que Penha avisou: ela era um nojo! Mas qualquer sacrifício era válido para entrar no mundo das estrelas. Trabalhar na casa da rainha do forró era o primeiro passo para conhecer Fabian e mostrar seu talento como cantora.

Azar na patroa... sorte no amor. Inácio convidou Rosário para sair. Saíram uma, duas, três vezes e começaram a namorar. Ela não contou que era “fabianática”. Rosário sonhava com Fabian e acordava com Inácio. E a realidade ficava melhor que o sonho a cada dia. Nunca tinha vivido uma coisa tão forte. Sentia-se protegida e orgulhosa ao mesmo tempo. Coincidência ou não, assim que Rosário começou a trabalhar na casa de Chayene, todas as revistas só tinham um assunto: o namoro entre a rainha do eletroforró e o Príncipe das domésticas.

Sidney questionava a filha: “Se você tem o Inácio, por que não tira o Fabian da cabeça?”. Acontece que o namorado não gostava de música e era meio tosco. Então Rosário perguntava a si mesma se tinha uma sina na vida: ser cozinheira e mulher do Inácio. E não cantora e mulher do Fabian.

 

Uma pedra na sopa de Rosário

É claro que Dinha (Juliana Alves) não ficaria assistindo de camarote a felicidade de Rosário. Então contou para Inácio que sua namorada mantinha um verdadeiro santuário em homenagem a Fabian. Ressabiado, ele foi conferir e teve um ataque de ciúmes, arrancando as fotos da parede. Sem querer, Rosário deu todos os motivos para que o namorado se sentisse usado. Foi a primeira briga dos dois.

Eles fizeram as pazes, mas Dinha continuava com seus planos. Contou para Inácio que Rosário só estava trabalhando na casa de Chayene para se aproximar de seu ídolo. Nova briga, pazes refeitas, afinal, ela era louca pelo namorado. E ele por ela, mas depois de tudo o que havia descoberto, Inácio começou a implicar com o sonho da namorada em ser cantora. Ameaçou dar uma incerta no trabalho de Rosário, só para checar se Fabian andava por lá.

No dia seguinte, a campainha da porta dos fundos da casa de Chayene tocou. Rosário abriu e ao ver Inácio não teve dúvidas, deu um beijo apaixonado..Foi constrangedor, era Fabian. Apesar do medo de que a patroa descobrisse, e da vergonha que estava sentindo, o cantor a tranquilizou dizendo que Chayene só descobriria se ela contasse. Aquele seria o segredinho deles. O coraçãozinho de Rosário estava dividido, ela se sentia traindo Inácio.

Resumo da ópera: Uma patroa doida, que gosta de levar vantagem em tudo, dois homens aparentemente iguais, mas completamente diferentes e dramas na vida familiar. O que mais poderia acontecer a Rosário?

Com Chayene na Bahia, onde faria um show, a vida da doméstica ficou bem mais tranquila. Foi quando Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond) foram lhe fazer uma visita. Cada uma com um problema maior que o da outra. Em meio aos desabafos, Rosário questionava: “como é que vocês aguentam essa vida de doméstica?”

 

Cida

A mãe de Maria Aparecida (Isabelle Drummond), nome de adulto em graciosidade de menina, morreu quando ela ainda era uma pré-adolescente. A família do patrão Ernani Sarmento (Tato Gabus Mendes) disse que cuidaria dela, mas foi a madrinha Dona Valda (Dhu Moraes), cozinheira da casa, quem ficou com a guarda da menina. Tudo arranjado pelo advogado. Cida, como prefere ser chamada, cresceu junto com as filhas de Sarmento. Com um pequeno grande detalhe, ela herdaria a função da mãe: arrumadeira da casa, no condomínio Casagrande.

Os estudos eram pagos pela família, mas, quando completou 18 anos, teve a carteira assinada e se tornou oficialmente uma trabalhadora doméstica. Os sonhos iam além das janelas do quartinho da casa, ela queria ser jornalista. Cida passava as noites relatando num diário seus dias e fantasias para a mãe.

Dr. Sarmento é casado com dona Sônia (Alexandra Richter) e pai de Ariela (Simone Gutierrez), a mais velha, e Isadora (Giselle Batista). A primeira vive mal-humorada com suas dietas. E a caçula é até bonita, mas horrorosa por dentro, igual às outras mulheres da família. Elas têm inveja de Cida, que é naturalmente linda. Nesta família, a jovem é tratada como a própria gata borralheira.

 

Triângulo amoroso

Cida era namorada de Rodinei (Jayme Matarazzo), o entregador da mercearia do condomínio. Os dois nasceram na mesma data, 12 de outubro – dia de Nossa Senhora Aparecida, dia das crianças. Cida atribui a isso o fato do namorado ser tão infantil emocionalmente. Em contrapartida, Rodinei é politizado, contra a sociedade do consumo, grafiteiro e louco por hip hop.

A noite do Hip Hop do Pavilhão do Som, casa de shows do Borralho, era um evento importante para o grafiteiro, ele iria se apresentar pintando um painel de fundo para os caras do som. Cida queria ir, mas dona Sônia avisou que precisaria dela de noite, pois era o noivado de Ariela com Humberto (Rodrigo Pandolfo), o bajulador advogado do escritório de Dr. Sarmento. Haveria festa e se tem serviço, Cida não sai de casa.

É dura a vida! Mas perder o noivado de Ariela, nem pensar. Foram criadas como irmãs naquela casa. Um acontecimento único. Rodinei faria outras apresentações. Ela tentou explicar ao namorado que não poderia ir à sua apresentação. Mas Rodinei fez cara feia e saiu para a festa disposto a aprontar, só para se vingar da namorada. Ele nem poderia imaginar que era Cida quem conheceria alguém.

Para não fazer feio no salão na noite da festa, Cida usou um vestido velho da Isadora, que tem corpo parecido com o dela. Velho é modo de dizer, porque a filha mimada do Dr. Sarmento usa roupa uma ou duas vezes e dispensa. Bem que Cida gostaria de poder se divertir como todos os convidados, mas sua função é menos glamurosa: limpar cinzeiro cheio de guimba. Mas naquela noite, as coisas sairiam diferentes. Ela estava desempenhando suas obrigações, quando um rapaz se aproximou. Era Conrado Werneck (Jonatas Faro), filho de um milionário da construção, que tinha acabado de se mudar para o condomínio com a avó. Era penetra na festa e convidou Cida para sair dali.

Apaixonada por Rodinei, ela não aceitou. A festa acabou cedo e Cida correu para ver o namorado. Entre ela e Rodinei sempre existiu Brunessa (Chandelly Braz), a “periguete” do condomínio. De calça justérrima, piercing no umbigo, marquinha de biquíni aparecendo e “o cabelão que voa”, seu maior orgulho, ela sempre usou todas as armas para ficar com Rodinei. É o calcanhar de Aquiles de Cida. E naquela noite, seria a responsável por um barraco daqueles! Quando chegou ao baile no Pavilhão do Som, Cida encontrou o namorado beijando sua arquiinimiga. Ela não pensou duas vezes e beijou o primeiro que apareceu pela frente: Elano (Humberto Carrão), irmão de Penha, que se apaixonou instantaneamente por ela. A noite terminou em confusão e ela foi levada para a delegacia.

Aguardando pelo delegado também estavam Penha (Taís Araújo) e Rosário (Leandra Leal). As duas estavam na pior: Penha acusando a patroa Chayene de agressão e Rosário, presa por ter invadido o show do Fabian (Ricardo Tozzi). Ninguém ali poderia imaginar que, em tão pouco tempo, o trio viraria sucesso da internet.

 

Dando adeus à abóbora

Depois de todos os acontecimentos daquela noite, Cida não conseguia dormir. A traição de Rodinei (Jayme Matarazzo) e os olhos azuis de Conrado (Jonatas Faro) não saíam de sua cabeça. No dia seguinte, saiu para ir ao mercado e foi cercada pelo playboy, que a convidou novamente para sair. Ela aceitou e só depois do filme, já dentro do carro dele, que entendeu a confusão. Conrado estava achando que ela era filha do Dr. Sarmento (Tato Gabus Mendes). De certa forma ela era, afinal cresceu naquela casa. Mas será que o namoro sobreviveria à revelação de que Cida era a empregada da casa? Por via das dúvidas, ela preferiu guardar o segredo até o último instante.

Foi uma noite mágica. Romântica, Cida ficou maravilhada com a aparente simplicidade de Conrado. À primeira impressão, eles dividiam os mesmos gostos, estilos musicais, programas de televisão. Ela não queria acordar daquele sonho. Os encontros aconteciam sempre longe do trabalho. Em pouco tempo, Conrado a apresentou para a avó, a interesseira dona Máslova (Aracy Balabanian).

O cerco começava a se fechar. Máslova contou que tinha muita admiração pelo pai da menina e adoraria conhecê-lo. Cida achou melhor dourar a pílula, dar uma melhorada na história, e disse que era filha de criação do Dr. Sarmento. Conrado ficou decepcionado, mas disfarçou muito bem. Seus interesses estavam, na verdade, na fortuna da família da namorada. Agora que sabiam da verdade, ou parte dela, Cida podia apresentá-los aos seus pais.

Ela tomou coragem e foi conversar com Dr. Sarmento, abriu o coração e contou que estava namorando Conrado. O interesse do patriarca era nenhum, até a menina contar de quem ele era filho: do bilionário da construção civil Otto Werneck (Leopoldo Pacheco). Quando ouviu o nome, um súbito interesse tomou conta de Ernani. Otto é uma figura pública, está sempre nos jornais. Cida não sabia que aquela informação valia ouro, literalmente, porque a família Sarmento passava por um momento financeiro delicado.

Na cabeça de Ernani uma só ideia: “Se o magnata virar cliente do escritório vai ser a minha aposentadoria!”. Sendo assim, os patrões fizeram o que Cida pediu e convidaram Conrado e a avó para um jantar pomposo. Ariela (Simone Gutierrez) observava tudo aquilo morrendo de inveja do namorado rico e bonito da falsa irmã. E toda a família a tratava como se ela realmente fosse filha de criação. Cida estava vivendo o seu dia de madame e assim convenceu Conrado e Dona Máslova. Quem não estava gostando de nada disso era Valda (Dhu Moraes). Ela sabia muito bem, pela sua experiência de vida, que aquilo não acabaria bem.

 

Uma bruxa em forma de irmã

Como na história de Cinderela, os momentos de princesa de Cida não durariam muito tempo. Não houve badalar de sinos, mas sim a chegada da bruxa em forma da filha da patroa, Isadora (Giselle Batista). Falsa amiga, disse a Cida que a ajudaria a se transformar em uma patricinha carioca. Conrado nem notaria que ela era empregada da família. Mas o real interesse da menina não era nobre. Isadora queria Conrado Werneck (Jonatas Faro) para si, e estava disposta a praticar os piores joguetes para conseguir.

Sentindo-se ameaçada, Cida procurou as amigas. Chayene (Cláudia Abreu) estava dando um show no carnaval da Bahia e Rosário estava sozinha. Penha também apareceu por lá. Começaram a contar suas mágoas e Rosário teve uma ideia que mudaria suas vidas.

 

Lygia

No escritório onde trabalha, ela é “tubaroa”. Em casa é “manhê!”. Entre quaro paredes, “mi amor”. Mas na certidão de nascimento é Lygia Mariz Ortega (Malu Galli), quatrocentas tarefas e um dia de apenas vinte e quatro horas. Podiam ser trinta e duas, porque a doutora não consegue dar conta de tudo. Lygia se pega pensando se, em algum momento da humanidade, as mulheres trabalharam tanto quanto hoje. E por que motivo, a ciência ainda não inventou um jeito para simplificar o cotidiano delas.

Não que a mãe de Lygia não tenha tido uma vida dura. Ficou viúva muito jovem e, como professora, teve que dar muita aula extracurricular para sustentar a casa. O orçamento era contado e a única obrigação de Lygia e da irmã caçula Liara (Tainá Muller), era que fossem as melhores na escola para não perderem a bolsa. Imagine o desapontamento da mãe quando Lygia, aos 22 anos de idade, cursando a faculdade de Direito, durante as férias, engravidou. O pai de seu filho – um surfista baiano com quem teve um namoro rápido, já era página virada quando ela descobriu. A jovem teve que terminar a faculdade amamentando Samuel (Miguel Roncato) e, entre fraldas e chupetas, se ocupava também em dar seus primeiros passos na profissão.

A mãe de Lygia ajudou muito na época, mas não sobreviveu para ver o neto crescer. Liara se mandou para a França, onde faria uma faculdade, e a advogada só conseguiu desempenhar as funções maternas e profissionais graças à ajuda de uma super babá. Em homem Lygia nem pensava, Samuel cresceu filho de mãe solteira e ausente na maior parte do tempo.

 

Mi amor

Quando o filho estava maiorzinho, deixou-o com a irmã na França e foi a Espanha fazer um curso de especialização. No meio do caminho conheceu Alejandro (Pablo Bellini), modelo internacional, sorriso arrebatador e explicitamente encantador. Ele despertou os sentimentos adormecidos em Lygia, que se entregou à paixão. Passaram um tempo namorando à distância, mas quando a advogada engravidou de Manuela (Beatriz Petrenchunk), ele se mudou para o Brasil.

Além da vocação para amante, Alejandro é um ótimo pai para a Manu e a figura masculina que faltava na vida de Samuel. Não é propriamente um pai ou padrasto, mas quase um irmão mais velho, já que ele é seis anos mais novo que Lygia. Como ninguém é perfeito, o defeito de Alejandro é nunca ter se acertado profissionalmente. No começo, até fazia algumas fotos, mas depois foi ficando cada vez mais difícil, tinha a dificuldade da língua, as diferenças culturais... e com a mudança da super babá de Lygia para os Estados Unidos, o marido acabou assumindo as suas tarefas – não que ele tenha jeito para isso.

 

A “Tubaroa”

No trabalho a advogada tem fama de durona, é comum a chamarem de fominha. E ela é sim, competitiva, odeia perder uma causa. Mas é justa e jamais puxou o tapete de ninguém. Ao saber que o escritório ia cuidar da fusão de duas empresas, pensou: “agora é a minha chance de virar sócia”. Infelizmente, Dr. Sarmento tinha outros planos: queria dar o posto para o futuro genro. Então deixou o bajulador do Humberto (Rodrigo Pandonfo) comandar a fusão. Em troca, Lygia ganhou o caso da cantora Chayene, acusada de agressão doméstica pela ex-empregada. A decepção de Lygia foi imensa... Então era aquilo que ela ganhava depois de anos de dedicação e sacrifício?

Humberto era o principal concorrente da “tubaroa”. Ele entrou para a família do Dr. Sarmento para crescer na empresa. Além de jogar sujo, ganhava vantagem sobre Lygia. Como competir com alguém que não tem casa, filho, marido, roupa para lavar e o mundo para cuidar? Humberto não precisava providenciar a ração certa para a gata não morrer engasgada, ou fazer as compras do mês atendendo aos gostos de todos; não tinha que lidar com um entra e sai infindável de empregadas dentro de casa... Mais que isso: o Humberto não tinha que fazer um esforço constante para o caos da sua vida pessoal não interferir na vida do escritório, onde perder um prazo pode ser fatal. Competir nesses termos era até covardia, mas Lygia adora a frase: “que vença o melhor, porque a melhor eu sei que sou eu”.

Quando pegou o caso de Chayene, Lygia nem imaginava que sua vida mudaria. E para melhor. Foi assim que conheceu Penha (Taís Araújo), a ex-empregada da cantora. A advogada ficou impressionada com a fibra da doméstica durante o julgamento. Lygia percebeu rapidamente que Penha estava coberta de razão, a Chayene era mesmo um nojo. Depois do encontro no tribunal, a “tubaroa” avisou ao Dr. Sarmento que estava fora do caso e ofereceu emprego para Penha. Foi quando Lygia se tornou a “patroinha” e sua vida começou a entrar nos eixos.

Penha sabia como ninguém administrar uma casa. Lygia ia trabalhar sossegada, voltava e encontrava tudo em ordem. Estava vivendo um sonho. Aos poucos foi se aproximando da empregada e constatou: “Tirando o background cultural, as duas tinham muito em comum”.

 

Chayene

No tapete vermelho dessa história reina absoluta a rainha do eletroforró, Chayene (Cláudia Abreu). De índole duvidosa, completamente amoral e sem noção do mundo que a cerca, a cantora tem como braço-direito o secretário Laércio (Luiz Henrique Nogueira), que é também seu maior fã. Foi Laércio quem descobriu Chayene para o estrelato.

Chayene se separou de Laércio quando começou a colher os frutos da fama que, curiosamente, ele ajudou a construir. Louco por ela, o rapaz mantêm-se ao seu lado, zelando para que todos os detalhes da vida da estrela sejam perfeitos. Os contratos de shows são fechados por Tom Bastos (Bruno Mazzeo), a raposa do meio artístico, também empresário de Fabian (Ricardo Tozzi).

Depois que insulta Penha (Taís Araújo) e é colocada na justiça, Chayene vê sua carreira entrar em decadência. O maior público da cantora é justamente da categoria profissional das empregadas. E, para se livrar do limbo musical que a ameaça, ela cobra um favor a Fabian (Ricardo Tozzi), o príncipe das domésticas.

O cantor não se mostra disposto a ajudar. Apesar de ser um pedido de sua madrinha musical, ele tem medo de associar sua imagem à decadência de Chayene. Entretanto, a diva guarda um trunfo. Fabian tem um segredinho que só a sua irmã Simone (Marília Martins) e Chayene sabem. Ela ameaça “colocar a boca no mundo”, caso ele se negue a ajudar. Sem saída, Fabian aceita e os dois engatam um namoro falso para alavancar a carreira da cantora.

 

Fabian e Inácio

Fabian (Ricardo Tozzi) é lindo e carismático. Autor de músicas “chiclete”, ele também tem uma presença de palco esfuziante. Nenhuma mulher resiste aos encantos do príncipe das domésticas, seu maior público. Sempre ao lado do cantor está Simone (Marília Martins), irmã mais velha e fiel escudeira para assuntos familiares, profissionais e amorosos. É ela quem cuida de sua carreira, ao lado do empresário Tom Bastos (Bruno Mazzeo).

O fã-clube do artista é liderado pelas “fabianáticas”, jovens capazes de, literalmente, qualquer coisa para se aproximar do ídolo. Que o diga Rosário (Leandra Leal). É claro que a vaidade de Fabian faz dele mesmo seu maior admirador. Todo esse sucesso ele deve, primeiramente, à Chayene (Claudia Abreu), sua madrinha musical.

Saem os cabelos super penteados de Fabian, entram as madeixas bagunçadas de Inácio (Ricardo Tozzi), sósia do cantor. Os olhos têm cor diferente, as roupas também, mas fora isso, eles são idênticos. O frisson que causa no sexo feminino por se parecer com o cantor, o deixa bastante chateado. Ele não gosta de ser comparado! E isso fica bem claro quando engata um romance com Rosário. Os dois se conhecem no bufê do seu Malaquias (Claudio Tovar), onde Inácio tenta a vaga de motorista e ela trabalha como cozinheira.

 

Socorro

Maria do Socorro (Titina Medeiros) é irmã de Naldo (Fabio Lago) e filha de dona Epifânia (Ilva Niño). Fã de Chayene, assim que chegou para passar férias na casa do irmão, que é faxineiro do condomínio Casagrande, no Rio de Janeiro, foi oferecer seus serviços para a cantora. Para isso, precisou passar a perna em Rosário (Leandra Leal). O que não foi difícil. Socorro apenas contou para Laércio (Luiz Henrique Nogueira) que a candidata à vaga era amiga de Penha (Taís Araújo). O secretário dispensou Rosário, com receios de que fosse uma armação de ex-empregada, e contratou a piauiense.

O problema de Socorro é que ela é uma péssima empregada doméstica: não sabe cozinhar, não é adepta de limpeza e é preguiçosa. Então seus serviços foram descartados rapidamente. Laércio voltou atrás e recontratou Rosário.

Com as portas da casa da rainha do eletroforró fechadas para ela, Socorro recebeu um ultimato do irmão: “ou arruma o que fazer ou pode pegar as suas coisas e voltar para o Piauí.” Naldo dividia um conjugado com Kleiton (Fabio Nepo), no Borralho. Era insustentável que três pessoas morassem ali. Além do mais, Socorro era espaçosa e comia tudo que colocavam na geladeira, além de não ajudar com as despesas.

A contragosto, ela conseguiu emprego na casa de dona Máslova (Aracy Balabanian), mas não aturou as mesquinharias da patroa, que regulava até papel higiênico, e pediu as contas. Enquanto isso, a inveja de Socorro por Rosário só aumentava: ela queria porque queria ter a patroa dela – sua “ídola” Chayene. Falsa, denunciou o “puxadinho” de Penha.

Que ninguém se engane com seu ar de doidinha, seus delírios, suas trapalhadas. Socorro vai agindo assim, fingida, dissimulada, ajudando pela frente, atrapalhando pelas costas, feito um escorpião à espera da hora certa de ferroar, só aguardando o primeiro grande deslize de Rosário, para tomar o seu emprego.

Cansado das armações da irmã, Naldo arruma as suas coisas e a leva de volta para o Piauí. Na mala, alguns pertences que abocanhou de Chayene nos dias em que trabalhou para ela. Oportunista, Socorro diz para todo mundo que ficou amiga da rainha do forró, e que haverá um show da diva na cidade. Tudo não passa de mais um golpe.

Uma multidão comprou os ingressos para o show. Os boatos eram de que Chayene veio incógnita à sua terra natal e não podia ir embora sem fazer um show para os conterrâneos. A história acabou muito mal para Socorro. O público descobriu que era ela, por trás de um pano, fazendo coreografias, com o figurino que roubou, cantando playback.

Socorro foi tirada à força do palco, mas ainda conseguiu fugir. O povo foi atrás dela, que, sem saída, se jogou num rio cheio de piranhas e desapareceu.

Choram mãe, irmão e os poucos amigos. Por onde andará Maria do Socorro?

 

Famílias poderosas – Os Werneck e os Sarmento

Otto Werneck (Leopoldo Pacheco) é empresário do ramo da construção civil, uma das maiores fortunas do Paraná. Seu filho Conrado (Jonatas Faro) é o típico bon vivant. Nascido em berço de ouro, teve tudo que sempre quis. De cavalos, a carros, viagens e roupas de grife. Márcia, mãe de Conrado, morreu quando ele ainda era novo, mas deixou como herança o caráter, pois se casou com Otto por dinheiro.

Diferente do filho e da finada esposa, Otto é uma figura austera e detesta ostentar. Já Conrado, não se esforça para aprender o ofício da família. A faculdade de Direito só foi concluída graças às falcatruas que aplicou. E apesar de formado, não fez a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o que o impede de exercer a profissão. Quem apoia os caprichos do rapaz é dona Máslova (Aracy Balabanian), a avó materna. Sonsa e interesseira, ela culpa o genro pela morte da filha e encoberta as armações do neto.

Cansado da má influência que Máslova exerce sobre seu filho, ele a manda ao Rio de Janeiro para morar em um imóvel da família. Animado com a possibilidade de dar umas voltas pela cidade maravilhosa, Conrado decide viajar com a avó, com a desculpa de ajudá-la na mudança.

Eles vão parar justamente no Condomínio Casagrande. E ao chegar, Conrado fica sabendo da festa na casa do advogado Ernani Sarmento (Tato Gabus Mendes), nome conhecido no meio jurídico. O playboy resolve penetrar no evento e fica encantado com Cida (Isabelle Drummond). O interesse aumenta quando ele descobre que ela mora naquela casa. O playboy presume que ela seja filha dos Sarmento, e se decepciona quando descobre que ela é, na verdade, apenas filha de criação.

Ernani Sarmento é advogado de direito empresarial e dono de um conhecido escritório. Sarmento sabe tudo de advocacia, mas seu maior mérito é, sem dúvidas, esconder bem as suas tramóias. O respeitado advogado está longe de ser honesto, mas é tudo tão discreto que nem mesmo Lygia, sua ética funcionária, percebe.

Quando descobre o namoro de Cida e Conrado Werneck, Ernani abre os olhos. A possibilidade de representar, juridicamente, a nova filial da “Construtora Amaro Werneck” é motivo para investir no caso dos pombinhos. O escritório vai mal, Ernani teve prejuízo em uma contabilidade fraudulentae e fará de tudo para pegar sua galinha dos ovos de ouro: Otto Werneck.

Sonia Sarmento, preocupada com a situação econômica do marido, tem uma ideia. Caso consiga unir em laços matrimoniais Cida e Conrado, seus problemas estarão resolvidos. Ela só precisa convencer os Werneck de que Cida é sua filha de criação. Com isso em mente, Sônia convida o rapaz e a avó para um jantar. A noite é perfeita e todos acreditam no cenário que foi armado, inclusive a inocente Cida.

 

Uma por todas, e todas por uma

Reunidas na casa de Chayene, nossas três mocinhas trocam confidências, se dão conselhos e o que era só lamento se transforma numa verdadeira farra. Curiosas, vão dar uma espiada no closet de Chayene. Cida experimenta uns óculos, Penha uma bijuteria, Rosáro um vestido e começam a fazer um desfile. Exaustas, adormecem entre as plumas e paetês da cantora.

Rosário desperta com um sonho, pega o violão de Chayene e começa a compor enlouquecidamente. É a melodia que vai trilhar o sucesso das três. Empolgada, acorda as meninas e conta seu plano. Sem nada a perder, Penha e Cida topam na hora. Elas têm apenas um dia para colocá-lo em prática.

Enquanto Chayene comanda a massa em Salvador, na sua casa no Rio o circo é armado. Cida separa o figurino, Rosário esmerilha a composição. Rola um ensaio pra aprender a música. Elano (Humberto Carrão), irmão de Penha, convoca Kleiton (Flávio Nepo), que é produtor musical caseiro. Levam algumas horas no estúdio da cantora, até que ficam satisfeitos.

A segunda parte do plano é gravar o clipe tendo a casa da rainha do forró como locação. Com a filmadora emprestada, Kleiton assume a direção. As três Marias se revezam nos papéis de empregadas e patroas, numa caricatura hilária das situações que costumam viver. Estão produzidas, lindas, charmosas. Quando estão finalizando, Laércio (Luiz Henrique Nogueira) telefona para casa e acaba com a festa, diz para Rosário que estão voltando naquele dia. As meninas interrompem a filmagem para uma força-tarefa de deixar tudo em ordem.

Kleiton corre para o estúdio no Borralho, está animado com o material que têm nas mãos. O produtor é fera nessa função e conseguiu um resultado bem razoável com as imagens. Rosário, Penha e Cida se reúnem para assistir e mal podem acreditar no que veem: na tela, parecem cantoras de verdade... para os padrões delas, é claro.

Rosário se empolga e quer colocar na internet, mas Elano alerta que pode ser perigoso, afinal usaram a casa, estúdio e roupas de Chayene para fazer o clipe. O que pode trazer complicações legais. A frustração é geral. Tanto trabalho para não poder mostrar a ninguém?

As meninas seguem seu rumo. No dia seguinte tem trabalho e elas precisam acordar cedo para pegar a condução. O que elas nem imaginam é que o clipe vai sim parar na internet, mudando radicalmente as suas vidas e de todos que as cercam.

 

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‘Cheias de Charme’ tem autoria de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, colaboração de Daisy Chaves, Isabel Muniz, João Brandão, Lais Mendes Pimentel, Paula Amaral e Sergio Marques,  supervisão de Ricardo Linhares, direção de núcleo de Denise Saraceni e direção geral de Carlos Araújo.